Nossa História

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A escola Paulo Elpídio foi construída em novembro de 1997 e iniciou suas atividades escolares em 03/03/1998, atendendo a 150 crianças com idade entre 05 e 14 anos, sendo três turmas de I Ciclo, uma turma de Aceleração I e uma turma de Aceleração II.
A idéia da construção da escola nasceu após pesquisa feita pelo IBGE nesta comunidade em 1997, onde foi constatado o alto índice de analfabetismo de jovens, adultos e muitas crianças fora da escola por não terem onde estudar, pois existiam apenas escolas do município de Maracanaú e não atendiam a demanda. Na época o Sr. José Nilson de Mesquita e a Srª Raimunda Tomás da Silva acompanharam a referida pesquisa e por prestarem trabalho comunitário na comunidade, ou seja, por serem líderes comunitários, apesar de recém chegados à comunidade, ficaram sensibilizados com a situação de abandono do pequeno povoado, pois não existia quase nada na mesma, além da falta de escolas, faltava também água encanada e energia elétrica, os moradores consumiam águas de cacimbas, também não tinha telefone público, existia apenas um telefone para atender toda comunidade. O casal acima citados, não mediram esforços e começaram então uma grande luta por melhorias na comunidade.
Compraram o terreno que hoje é construída à escola, que na época pertencia ao irmão de Raimunda Tomás da Silva e deu-se inicio a obra (construção) da referida escola, gerando inclusive renda para os moradores, pois os trabalhadores (pedreiros, serventes e outros) eram todos da própria comunidade.
A referida construção teve inicio em novembro de 1997 e foi concluída em janeiro de 1998 com muita dificuldade, pois foi preciso comprar água para terminar a construção, já que não tinha água da CAGECE.
Terminada a 1ª fase do trabalho, iniciou-se então a 2ª, que foi a luta por quem manter a escola, foi um mês de luta. O Município de Fortaleza, não assumiu, alegando que a comunidade pertencia ao Município de Maracanaú e o Município de Maracanaú não assumiu alegando que a comunidade pertencia a Fortaleza. E nós, representantes desta comunidade na época, não podíamos desistir. Já um pouco desesperados sem saber o que fazer e o que dizer para os pais das crianças que já estavam matriculadas na escola esperando apenas o inicio das aulas, resolvemos então procurar ajuda junto ao Governo do Estado, fomos bem recebidos e encaminhados a Escola CAIC Mª Alves Carioca, no Bom jardim, para que conversássemos com a diretora Sra. Lucidalva, para que a mesma recebesse a pequena escola como anexo do CAIC. Foi então que tudo começou...
A escola não tinha mobília, carteiras, as crianças assistiam aulas sentadas em tijolos, outras em pedaços de tábuas. Aos poucos fomos conseguindo mudar tal realidade, a diretora do CAIC Maria Alves Carioca, Srª Lucidalva, encaminhou algumas mesinhas, cadeirinhas e umas carteiras para os alunos maiores e ao final do ano de 1998 já estávamos com cara de escola mesmo. Tivemos nossa primeira semana cultural, os pais participaram e cada vez mais se conscientizaram da necessidade e importância da escola na comunidade.
A referida escola carregava o nome de EEF. Futuro da Criança - ANEXO I CAIC Maria Alves Carioca. No inicio de 1999 a SEDUC (Secretaria de Educação do Estado do Ceará) encaminhou para a escola o Diretor Sr. Baltazar Norjoza, a Coordenadora Pedagógica Rosa Malena Rodrigues de Lima e a secretaria escolar Srª Vania Maria Barreto. As matrículas para o referido ano já chegavam a 357 alunos. O Sr. Baltazar Norjoza ficou somente até o meio do ano (julho) e foi assumir a direção da Escola CAIC Maria Alves Carioca, com isso Rosa Malena ficou no comando da escola, assumindo diretoria e parte pedagógica.
Em 2000, Rosa Malena assumiu como diretora geral e veio como coordenadora pedagógica a Srª Maria Tereza e Flaviana Lima Maciel como secretária escolar. O número de alunos matriculados passou para os 714. Neste período a escola havia passado por uma ampliação, foram construídas mais cinco salas de aula, duas salas pequenas de apoio e três banheiros, todos na parte superior do prédio, sendo possível assim ofertar mais vagas para os alunos.
No dia 24 de junho de 2000 reuniram-se núcleo gestor da escola, professores, alunos e pais de alunos, onde foram abordados os assuntos: Apresentação dos novos componentes do núcleo gestor, corpo docente e um nome para a escola para que a mesma pudesse tornar-se independente. Foi lida para os pais e todos os presentes na referida reunião, a história da pessoa de PAULO ELPÍDIO e foi esclarecido que para uma pessoa se homenageada, precisaria ter falecido e ter uma história. Os pais e todos os presentes concordaram com o nome.
Em 2001 foram matriculados 891 alunos sendo formada pela primeira vez a 1ª série do Ensino Médio.
Em 2002 foram matriculados 989 alunos, além das turmas que já existiam, foram formadas mais uma 1ª série do Ensino Médio, uma 2ª série do Ensino Médio, a primeira da história da escola, uma turma de TAM (Tempo de Avançar do Ensino Médio) e três turmas de TAF (Tempo de Avançar do Ensino Fundamental). Neste mesmo ano tivemos como concludentes a primeira turma de 8ª série do Ensino Fundamental na história da escola.
Em 2003 foram matriculados 1.018 alunos. Além das turmas de ensino Fundamental I e II que já existiam na escola, formamos também a primeira turma de 3ª série do Ensino Médio. Ao final do ano terminou o mandato de Rosa Malena, Maria Tereza e Flaviana Lima.
Em 2004 foram matriculados 910 alunos, houve eleição para diretor da escola, apenas Rosa Malena concorreu ao cargo a foi aceita (eleita) novamente pela comunidade para assumir seu 2º mandato.
Neste mesmo ano tivemos momentos difíceis, de tensão, pois o Sr. José Nilson sempre teve desavenças com a SEDUC (Secretaria de Educação) em relação ao aluguel do prédio da EEFM Paulo Elpídio. O motivo, atrasos no pagamento do aluguel do prédio. O Sr. José Nilson entrou na justiça com o pedido para que o prédio fosse desocupado, pois não estava recebendo o aluguel e o contrato de aluguel não havia sido renovado, estava vencido. A SEDUC (Secretaria de Educação) encaminhou técnicos do DERT (Departamento de Edificações, Rodovias e Transportes) para fazer uma avaliação do prédio e saber se o mesmo tinha condições de ter o contrato de aluguel renovado. Os técnicos do referido órgão fizeram uma avaliação que durou menos de 15 minutos e deram o prédio como condenado a desabamento. Foi uma verdadeira revolução na comunidade. A SEDUC veio à escola fazer o remanejamento dos alunos para escolas vizinhas, porém não havia vagas nas escolas para receber tantos alunos e os pais também não aceitaram que os filhos saíssem da EEFM Paulo Elpídio. A comunidade escolar, pais de alunos, moradores e professores se reuniram, fizeram manifestações, chamaram a imprensa, sindicato dos professores APEOC, a Comissão de Defesa do Direito à Educação e foram a SEDUC solicitar que fosse feito um laudo detalhado junto ao CREA para saber da real situação do prédio. A imprensa acompanhou e registro tudo. A notícia saiu em todos os jornais e em rede Nacional. Dez dias depois vieram os técnicos do CREA para fazer a avaliação. Os mesmos levaram uma tarde inteira avaliando, fotografando tudo no prédio e 15 dias depois o laudo feito pelo CREA foi divulgado, onde ficou claro que o prédio da EEFM Paulo Elpídio precisaria sim de uma reforma, mas não apresentava riscos de desabamento e que sua estrutura era segura. Alunos, pais, professores e comunidade em geral comemoraram a vitória e retornaram as aulas com segurança e a certeza de que o povo unido jamais será vencido.
Em 2005 foram matriculados 969 alunos e o novo Núcleo Gestor assumiu a escola em janeiro: Rosa Malena (diretora), Jucicleide (coordenadora pedagógica), Elionete Maria (coordenadora de Gestão) e Francisco de Assis (Secretário escolar).
Em 2006 foram matriculados 984 alunos;
Em 2007 foram matriculados 978 alunos;
Em 2008 foram matriculados 984 alunos;
Em 2009 foram matriculados 1.048 alunos, terminando a gestão de Rosa Malena, diretora; Jucicleide, coordenadora pedagógica; Elionete Maria, coordenadora de Gestão e Francisco de Assis, Secretário escolar.
Começa então o novo processo de eleição para diretor da escola. Candidatou-se Elionete Maria e o professor Carlos Antônio para concorrer ao cargo de diretor da EEFM. Paulo Elpídio. A votação aconteceu no mês de abril de 2009 e Elionete Maria foi à vencedora do processo democrático, assumindo a direção da escola em 31/05/09, tendo como coordenador pedagógico Francisco Eduardo de Oliveira, coordenadora financeira Rosa Malena Rodrigues de Lima e Secretária Escolar Raimunda Tomás da Silva.
Em 2010 foram matriculados 900 alunos e criado o Programa Mais Educação, sob a coordenação e responsabilidade da professora Mineya Cristina, que tem como objetivo reforçar o aprendizado dos alunos, incentivando-os a freqüentarem mais a escola. É um Programa que vem dando certo, pois os alunos participam, gostam e estão aprendendo a ter mais compromisso e valorizar mais a escola.
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